sexta-feira, 30 de março de 2012

DESPERTAR


DESPERTAR

No abrir da mente
A luz nos revela
Paisagem, tão bela,
No olhar presente.

Os olhos não mentem
Só mostram verdades
São tantas vaidades
Que em vida sentem.

Sem grandes segredos
Encobrem as feridas
Das vidas sofridas
Desses teus enredos.

A luz, lá do morro,
Clareia o asfalto
Jogando pro alto
Gritos de socorro.

Pras mentes fechadas
Sem nenhum sentimento
Somente o sofrimento
Enfeita as fachadas.

Olhos bem abertos
Visão, tão pequena,
Tal qual, uma antena,
De sonhos incertos.

Somente o dinheiro
Motiva a justiça
Que de longe, atiça,
Pro caos, vim primeiro.

O luxo que aparece
Nessa rica avenida
Mostra outra vida
Desejada, em prece.

Homens bem vestidos
Batendo nas costas
Fazendo as apostas
Com bens pervertidos.

Fazem sua cruz,
Lavam sua mente
E o pobre, descrente,
Acaba sem luz.

EUGÊNIO GOMES DE MACÊDO.

quarta-feira, 28 de março de 2012

O PREÇO DA TRAIÇÃO


O PREÇO DA TRAIÇÃO



Não existe um só vivente
Que não tema a traição
Do estranho ou do parente
De conhecido ou de irmão
Dói igual a uma facada
Que surge em emboscada
Só pra matar o cristão.

Jesus Cristo, um inocente,
Foi vítima dessa questão
Por moeda, um imprudente,
Virou discípulo do cão
Vendeu Jesus aos romanos
Pelos prazeres mundanos
“Dinheiro e Corrupção”.

Pecadores como a gente
Que caminham nesse chão
No passado e no presente
Pedem a Deus, proteção,
Pra livrá-los de intrigas
De desuniões e de brigas
De quem não tem coração.

A falsidade é presente
Nos confins dessa nação
Na mente do delinqüente
Nas “casas” de educação
Nos que estão encostados
Que se fazem, de coitados,
Nos que a gente dá a mão.

Velho e velha indecente
Jovens sem preparação
Morcegos da aguardente
Vermes da putrefação
Porcos de língua afiada
Que espantam a manada
Só pra matar o peão.

A inveja é uma vertente
Falsidade é um grotão
Germina que nem semente
Em qualquer bom cidadão
Por isso, tenha cuidado,
Não passe pra esse lado
Pois, não terás o perdão.

Pelo status, tão somente,
Visa o cargo do irmão
Sondando, feito serpente,
Vai tramando a armação
Só deseja o prejuízo
Parece até, sem juízo,
Ou alguém sem coração.

Quem trai é inconseqüente
Não pensa com a razão
É impuro e imprudente
Sem valores, sem razão,
Faz tudo às escondidas
Adora abrir feridas,
Só pra vê a confusão.

Quem tem inveja é doente
Do mal chamado ambição
Deseja o que ta na frente
Destrói o que tem na mão
Perturba o seu semelhante
Mas se acha um brilhante
Jóia pura, em perfeição.

Deus mandará, certamente,
Cobrar tostão por tostão
Pois, traição é semente,
De tudo que vem do cão
Quem é falso que se cuide
Reze muito, não descuide,
Deixe em paz o seu irmão.

 EUGÊNIO GOMES DE MACÊDO.

segunda-feira, 19 de março de 2012

SENTIMENTOS


SENTIMENTOS
 
Paixão é algo passageiro
Que mexe com nossa emoção
Amor é eterno, é verdadeiro,
É vontade de Deus, é oração.

Amor é amigo, é parceiro,
Que ilumina a escuridão
É a luz e é o companheiro
Nas horas de dor e de aflição.

Amor é respeito por inteiro
É Deus comandando a criação
É mais que ouro e que dinheiro
É a alma, é a nossa salvação.

Amor se conhece pelo cheiro
É um porto seguro, é proteção,
Não existe segundo, nem terceiro,
Pois não há amor à prestação.

Amor é o nosso seresteiro
É o fiel amante da paixão
Um lobo, em pele de cordeiro,
Que devora o nosso coração.

EUGÊNIO GOMES DE MACÊDO.

sexta-feira, 16 de março de 2012

CASA DE TAIPA


CASA DE TAIPA

Uma arquitetura sem luxo
Muito comum no Nordeste
Nela, não mora gaúcho,
Somente cabra da peste

Muito fácil de fazer
Só se usa Vara e barro
Sem arame pra prender
O cipó é seu amarro.

Num dos cantos uma cama
No outro o velho fogão
Uma jarra cor de lama
A espingarda e o facão.

Uns tamboretes na sala
Uma rede bem armada
Junto da cama, uma mala,
E um pinico pra amada.

As paredes com retratos
Enfeitam o seu ambiente
Uma cuia com os pratos
Um espelho e um pente.

Atrás da porta uma enxada
A picareta e o machado
No fogo uma maxixada
Com um molho caprichado.

São essas coisas da terra
Que nunca podem faltar
Na casinha pé de serra
Aonde vou te visitar.

Quem mora sente prazer
Nunca abandona o seu lar
Melhor que ouvir dizer
É ter onde se instalar.

EUGÊNIO GOMES DE MACÊDO.

(XOTE) SAUDADES DO CARIRI


SAUDADES DO CARIRI


Faz tanto tempo que deixei a minha terra
E a saudade que sinto me faz chorar
Lembro meu povo que ficou num pé de serra...
Triste chorando, me pedindo pra ficar.

Como é bonita a minha terra no inverno
Eu sei que um dia eu vou poder te amostrar
Mas com a seca tudo lá vira um inferno
O campo vira um deserto, é hora de se mudar.

Tu és tão belo meu amor, minha paixão,
Meu Cariri és também meu coração,
Tu és saudade que encontro na canção
Na Paraíba, o meu sublime torrão.

Hoje estou longe, mas te trago no meu peito,
Não achei jeito, não pude me acostumar,
Se me pedirem pra ficar, eu não aceito...
E qualquer dia, eu volto pro meu lugar.

Tuas paisagens não saem do pensamento
Todo momento me convida a viajar
Minha saudade se mistura com o vento
Se tornando sentimento, que me pede pra voltar.

 
EUGÊNIO GOMES DE MACÊDO.

terça-feira, 13 de março de 2012

AO MEU PAI “MANOEL BRAZ DE MACÊDO”


           AO MEU PAI
“MANOEL BRAZ DE MACÊDO”

O meu pai me ensinou
A valorizar as vidas
Curar as minhas feridas                            
Amar como ele amou
Andar por onde andou
Caminhar honestamente
Ser fiel e consciente
Ter Jesus no coração
Trabalhar pra ter o pão
E viver tranquilamente.
Ele nunca reclamou
Do pouco que possuía
Na paz, ele concluía,
Tudo o que começou
Pra família ele doou
Corpo, alma e coração
Sempre estendendo a mão
Fez-se pai e conselheiro
E lutou feito um guerreiro
Pra nos dá educação.
Eu sempre o acompanhava
Quando ia ao roçado
Achava tudo engraçado
E brincando, lhe ajudava,
Onde ele fosse eu estava
Observando de perto
Aprendendo o que é certo
Com o meu melhor amigo
Que sempre esteve comigo
Ensinando-me a ser esperto.
Ele sempre me contou
Sua vida de aventura
Era pouca a leitura
Mas o bom senso ajudou
Dos irmãos que ele criou
Trabalhando no pesado
O faz lembrar um passado
Recheado de histórias
Que são de fato vitórias
De um ser iluminado.
Ensinou-me humildade
Viver com o pé no chão
Tirar da dor a lição
Dar valor a liberdade
Sempre fazer caridade
Sem pensar em recompensa
Não dá ouvido à ofensa
Nem pregar a violência
Só agir com paciência
Sem falar tudo que pensa.
Um exemplo a ser seguido
Pelo caráter tão justo
Honesto a qualquer custo
O fez um pai decidido
De um passado construído
Com trabalho e devoção
Enche-me de emoção
E alegra minha alma
Que se orgulha sem trauma
Por te ter no coração.
Meu amigo verdadeiro
Tua virtude me ensina
A não depender de sina
Nem adorar o dinheiro
A família vir primeiro
Ter amor pelo irmão
Não julgar por impressão
Nem cobiçar o alheio
Pois o tempo é o arreio
Dos males da tentação.
Hoje te vendo velhinho
Com tanta experiência
Peço a Deus paciência
Pra viver o meu tempinho
Com a paz e o carinho
Que sinto em teu coração
Meu espelho é tua ação
Minha vida é tua obra
Tenho orgulho de sobra
Por seguir tua lição.

 EUGÊNIO GOMES DE MACÊDO.

domingo, 11 de março de 2012

MÃE...


MÃE...
         Teu eterno amor
         Em intenso brilho
         Faz da alma “flor”
         E da vida “filho”.

         És luz e esplendor
         És glória e ascensão
         És carinho e calor
         És a sublime paixão.

MÃE...
         És somente coração
         És a minha liberdade
         És a paz, és proteção,
         És caminho, és verdade.

         Com eterna devoção
         Seguirei tua bondade
         Meu céu, minha comunhão,
         Em lições de humildade.

 EUGÊNIO GOMES DE MACÊDO.