sexta-feira, 30 de março de 2012

DESPERTAR


DESPERTAR

No abrir da mente
A luz nos revela
Paisagem, tão bela,
No olhar presente.

Os olhos não mentem
Só mostram verdades
São tantas vaidades
Que em vida sentem.

Sem grandes segredos
Encobrem as feridas
Das vidas sofridas
Desses teus enredos.

A luz, lá do morro,
Clareia o asfalto
Jogando pro alto
Gritos de socorro.

Pras mentes fechadas
Sem nenhum sentimento
Somente o sofrimento
Enfeita as fachadas.

Olhos bem abertos
Visão, tão pequena,
Tal qual, uma antena,
De sonhos incertos.

Somente o dinheiro
Motiva a justiça
Que de longe, atiça,
Pro caos, vim primeiro.

O luxo que aparece
Nessa rica avenida
Mostra outra vida
Desejada, em prece.

Homens bem vestidos
Batendo nas costas
Fazendo as apostas
Com bens pervertidos.

Fazem sua cruz,
Lavam sua mente
E o pobre, descrente,
Acaba sem luz.

EUGÊNIO GOMES DE MACÊDO.

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