PELA “VIDA” E PELO “CHÃO”
Olho
a serra que margeia
A
cidade onde nasci
Vejo
verde, vejo vida,
Do
jeito que conheci.
Caminhos, hoje mudados,
Muitas casas construídas
Tantas faces enrugadas
Belezas já extraídas.
Quantos
são desconhecidos
Compondo
suas paisagens
Dividindo
os seus desejos
Vendendo
suas imagens.
Neste vale de esperança
A vida é o bem da gente
A paz é a nossa riqueza
O amor é a semente.
Lembro
rostos conhecidos
Que
a morte carregou
Deixando
só a saudade
Que
a distância regou.
Quantos lugares mudaram
Para abrigar novas vidas
A população que cresce
Cria novas avenidas.
Muitos
hábitos perdidos
Tradições
já esquecidas
Sociedades
desfeitas
Por
razões desconhecidas.
Quantos lugares bonitos
O progresso engoliu
Paisagens de uma infância
Que o tempo consumiu.
Vidas
ceifadas bem cedo
Mostraram
a face da dor
Como
um beco sem saída
Ou
versos de um cantador.
Novas ruas que surgiram
Acolhendo os personagens
Multiplicam as opções
E criam novas paisagens.
Quanta
falta de respeito
Com
a nossa natureza
Nossos
rios poluídos
Perderam
sua beleza.
É tudo pelo progresso
Pela nossa evolução
Mas devemos ter respeito
Pela “vida” e pelo “chão”.
EUGÊNIO
GOMES DE MACÊDO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário