sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

PELA “VIDA” E PELO “CHÃO”


PELA “VIDA” E PELO “CHÃO”

Olho a serra que margeia
A cidade onde nasci
Vejo verde, vejo vida,
Do jeito que conheci.
                Caminhos, hoje mudados,
                Muitas casas construídas
                Tantas faces enrugadas
                Belezas já extraídas.
Quantos são desconhecidos
Compondo suas paisagens
Dividindo os seus desejos
Vendendo suas imagens.
                Neste vale de esperança
                A vida é o bem da gente
                A paz é a nossa riqueza
                O amor é a semente.
Lembro rostos conhecidos
Que a morte carregou
Deixando só a saudade
Que a distância regou.
                Quantos lugares mudaram
                Para abrigar novas vidas
                A população que cresce
                Cria novas avenidas.
Muitos hábitos perdidos
Tradições já esquecidas
Sociedades desfeitas
Por razões desconhecidas.
Quantos lugares bonitos
O progresso engoliu
Paisagens de uma infância
Que o tempo consumiu.
Vidas ceifadas bem cedo
Mostraram a face da dor
Como um beco sem saída
Ou versos de um cantador.
                Novas ruas que surgiram
                Acolhendo os personagens
                Multiplicam as opções
                E criam novas paisagens.
Quanta falta de respeito
Com a nossa natureza
Nossos rios poluídos
Perderam sua beleza.
                É tudo pelo progresso
                Pela nossa evolução
                Mas devemos ter respeito
                Pela “vida” e pelo “chão”.

EUGÊNIO GOMES DE MACÊDO.

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